Um equipamento de sucesso: equipamento alternativo 1998/99 e 1999/00
Temos uma página sobre os equipamentos alternativos do Sporting desde 1998/99. Aqui, vamos contar a história de como os primeiro equipamentos alternativos do Sporting que não foram nem verdes nem brancos apareceram. Está na foto em baixo, do Jornal Sporting. É particularmente interessante porque revela muitos detalhes sobre o processo de decisão, que se presume seja ainda hoje semelhante.
E afinal de que falamos quando falamos de tradição? Tanto foi acontecendo que por via dessas transformações, aquilo que antes tinha uma forma, hoje, e embora partindo da mesma base, apresenta-se de outra feição, de outro modo, de outro jeito. E nesta voragem nada escapou nem mesmo, imaginem, os equipamentos desportivos são o que eram. Exactamente os equipamentos que os nossos atletas - entenda-se futebolistas - tão orgulhosamente envergam porque, sabedores da valia e do historial inquestionável da instituição que é o Sporting, tudo fazem para honrarem não só um símbolo como igualmente as suas cores. E então é por isso que hoje falamos de cores.
Não deixando de lado o equipamento base - isso nunca irá acontecer - apresenta-se agora, a nossa equipa de futebol, vestindo um equipamento novo. Utilizado praticamente durante toda a 1ª volta do passado campeonato, com especial relevo nos jogos nocturnos, trata-se do chamado equipamento alternativo. Produto de sucesso, tem por base o verde, o azul bem escuro e a tal cor que se denomina de "fluor" porque parece realmente fluorescente. Como muitas outras equipas da Europa, também o Sporting partiu para esta novidade e porquê? O dr. Nuno Barros, da Reebok, faz uma breve resenha desta história:
"Quantos aos equipamentos, as cores resultaram de uma pesquisa feita junto de vários equipamentos usados por equipas do Norte e Centro da Europa. Paralelamente, fez-se um levantamento de quais as tendências, no que diz respeito a cores das equipas com maior número de adeptos, e qual o sucesso comercial que lhes estava inerente. A ideia era fazer um equipamento que combinasse as novas tendências destes países com um certo vazio que se sentia existir no nosso País em termos de linhas de equipamentos, procurando de uma forma objectiva romper com a tradição. Desta forma, decidiu-se avançar para um equipamento que combinasse as três tonalidades: a tradição do Clube (cor verde), uma cor muito apreciada pelos portugueses (azul) e uma cor que rompesse com a tradição (verde fluor)."
Quanto à adesão a esta iniciativa, a mesma fica a dever-se a quatro factores: qualidade do produto, preço favorável, novidade pelas tonalidades e dinâmica criada em torno deste equipamento. Por outro lado e no que diz respeito aos comentários dos clientes, as reacções são bastante positivas já que nunca um equipamento do Sporting obteve um tão grande sucesso comercial, ultrapassando largamente as expectativas, sendo o volume de reposições largamente superior ao volume de compra inicial. Por último e relativamente ao sucesso comercial e considerando que a Sporting Comércio e Serviços adquire à Reebok aproximadamente 40% dos produtos comercializados desta linha, presume-se que o volume de vendas seja efectivamente alto.
Pelo lado do Sporting, também o dr. Salvador Carvalho teve uma palavra a dizer relacionada com este tema. Disse o administrador-delegado da Sporting Comércio e Serviços que, ao princípio, houve que enfrentar algumas resistências perante esta inovação, hoje, ultrapassada esta situação, esta iniciativa salda-se por um grande êxito. O equipamento alternativo é seguramente um sucesso que foi alcançado com dignidade, esperando-se com alguma ansiedade as próximas novidades. Acentua ainda este dirigente, que perante os mais cépticos, o desenho da Reebok proposto ao Sporting demonstrou que havia fortes razões para que o Clube acreditasse neste equipamento. Por outro lado, a aceitação dos equipamentos é sempre decidida pela Sporting SAD, uma vez que são os jogadores profissionais que os usam. Neste processo há ainda que ter em conta a opinião da Telecel uma vez que é o nosso principal patrocinador. Aqui também há uma palavra a dizer quanto à aprovação das camisolas, nomeadamente no que diz respeito ao logotipo.
Paula Cuissa, a responsável pela Loja Verde do Estádio José Alvalade tem também a sua história para contar. "Lembro-me que após a equipa ter jogado duas ou três vezes com ele, começaram a ser procuradas, com muita insistência, as camisolas. Como a Reebok só após algum tempo é que pôs o equipamento à venda, quando num intervalo de um jogo aqui realizado foi anunciado que quem quisesse já podia comprar na nossa Loja as camisolas ou outras peças, a partir desse momento foi uma completa loucura. A confusão foi tal, que nem os dois seguranças que tínhamos a vigiar a porta foram capazes de disciplinar as pessoas. À força todos queriam entrar para comprarem qualquer coisa do equipamento. Foi de tal ordem a invasão que as portas acabaram por se partir. Por tudo isso só se pode chamar um equipamento de sucesso. Desde esse dia as vendas têm sido um êxito total."
Agradecimento
O Verdebranco gostaria de agradecer ao Jornal Sporting, onde encontrámos esta informação. Sem a amabilidade com que nos foi permitido consultar números antigos do Jornal SPorting e com que fomos recebidos, este trabalho não teria sido possível.
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